Contrate o Batman e não o Robin (e muito menos o vilão Coringa). Confira as melhores dicas para diminuir as chances de erro no que diz respeito à recrutamento pessoas.
Você está em apuros e chama o Batman, o super herói, o protagonista que vai resolver seu problema. Mas acaba vindo o Robin, sem as mesmas habilidades, o coadjuvante da história sem poder absoluto para salvar a situação. Ou para piorar, vem o vilão, o Coringa, que vai causar ainda mais transtornos. Ao lembrar desses personagens queremos deixar ainda mais claro o efeito da frustração na seleção de pessoas. Contratar errado pode trazer males impactantes no seu negócio, por outro lado, fazer um recrutamento correto, possibilita aumentar o poder da empresa que passará a contar com as pessoas certas para agir nas maiores dificuldades.
“CONTRATA-SE PELAS HABILIDADES, DEMITE-SE PELOS VALORES”
Para quem acompanha a Be You Education há algum tempo, essa frase já deve ser conhecida pois este é um dos “mantras” que estou sempre repetindo quando o assunto é contratação e cultura da empresa.
É muito importante no momento da contratação entender quais são os valores do candidato e se eles estão alinhados aos valores e à cultura da empresa.
Uma grande empresa, listada na “Fortune 500” – teve repetidos problemas na contratação de seus líderes muito comuns nas empresas – eles eram contratados por suas habilidades e experiências, mas demitidos por problemas comportamentais, que iam desde arrogância, explosões emocionais, falta de determinação, teimosia, habilidades interpessoais ruins, inflexibilidade, entre outros aspectos. O histórico da empresa indicava que, nos últimos dois anos, mais da metade dos contratados de nível sênior não deu certo. Como isso poderia acontecer? Essa empresa, líder em seu setor, tinha um processo de contratação que era refinado. A empresa utilizava os melhores recrutadores, era cuidadosa, envolvia muitas pessoas no processo e investiu uma quantidade significativa de recursos para encontrar os melhores talentos. Então, o que estava acontecendo?
Curiosamente, os gestores de RH dessa empresa nunca mencionaram a falta de competência técnica, educação, inteligência ou capacidade geral como os motivos do fracasso. Como a maioria das organizações, ficou claro que o processo de contratação era focado em encontrar talentos com a experiência de trabalho e competência técnica desejadas. De fato, a empresa era incrivelmente eficiente em encontrar pessoas inteligentes com um histórico comprovado de desempenho bem-sucedido. Esses candidatos eram os melhores entre os melhores, líderes em seu campo, e, no entanto, mais da metade fracassou miseravelmente.
Após uma análise, era possível ver que a organização não entendia como as personalidades de cada candidato se encaixavam no trabalho e na cultura organizacional. Eles fizeram uma suposição muito comum: “se o candidato foi bem-sucedido na Empresa A e atendeu aos requisitos de competência, ele ou ela certamente será bem-sucedido/a em nossa empresa”. Como muitas outras organizações, eles não conseguiram entender o que está acontecendo sob a superfície –além da entrevista polida, currículo impecável e sólido histórico de desempenho.
Essa é uma história infelizmente comum em processos de contratação,
CUIDADO COM OS “CORINGAS” NA SELEÇÃO DE PESSOAS
Se formos analisar, até mesmo o Coringa tem suas habilidades para encarar ou fugir do Batman, porém seus valores pessoais, o desqualificam totalmente. Por mais que um currículo cheio de experiências e cursos salte aos olhos, são as habilidades sociais que determinam as boas contratações. Um estudo da consultoria de treinamento Leadership IQ indica que apenas 11% dos recrutamentos fracassados acontecem por causa da falta de conhecimento técnico. O restante tem relação direta com o comportamento: 26% mostraram problemas do profissional em aceitar e implementar feedbacks, 23% apontaram a baixa inteligência emocional e 15% destacaram o temperamento.
Dra. Flavia Eadi de Castro, head de direito do trabalho da RGL Advogados, revela, por exemplo, uma relação clara entre as falhas no processo seletivo e o imenso número de processos trabalhistas no Brasil. “Só entre janeiro a outubro de 2019, tivemos 1,5 milhão de ações do tipo, de acordo com dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST)”, conta. Para a especialista, os negócios mais prejudicados são os de pequeno e médio portes, exatamente como consequência da falta de um processo seletivo de qualidade.
COMO ACHAR O “BATMAN” NA SELEÇÃO DE PESSOAS
Se você já participou de um processo seletivo no Linkedin, com certeza já se deparou na fase inicial com um formulário aplicado pela Gupy. Ela é uma empresa de seleção de pessoas que automatiza alguns processos. A Gupy possui um arquivo enorme de acertos e erros das empresas no momento do recrutamento, que vamos destrinchar aqui nesse artigo e compartilhar com você que precisa contratar um funcionário para a sua empresa. Selecionamos 10 dicas.
1. Defina as atribuições do cargo e o perfil da vaga
Conhecer as atividades que serão desempenhadas é fundamental para saber como é o trabalho e a dinâmica das tarefas. Fica difícil encontrar um bom candidato quando o próprio dono da empresa não sabe exatamente como é função que o novo funcionário irá exercer.
2. Faça uma descrição detalhada da vaga
Esse é um item que pode ser facilmente desconsiderado no processo de recrutamento e seleção de pessoas. Mas pense: de que adiantará seguir rigorosamente a dica número 1 se a descrição das exigências para a contratação estiver mal redigida, confusa e com informações vagas? Por exemplo, além da descrição do cargo e do nível educacional, inclua também:
breve listagem dos serviços realizados nessa função;
condições mínimas para ocupar a vaga;
habilidades necessárias para exercê-la; e
um pequeno relato sobre a cultura da empresa.
3. Mapeie possíveis candidatos
Algumas empresas estão usando uma estratégia muito interessante: rastrear profissionais que se enquadrem no perfil desejado pela instituição, sem que eles saibam disso.
Um exemplo de sucesso com essa prática é o Grupo Votorantim — multinacional brasileira —, que desenvolveu um sistema de mapeamento capaz de cruzar dados reais de pessoas que se enquadram nos requisitos exigidos pela empresa.
A partir daí, acontece uma abordagem dos profissionais apontados pela ferramenta de recrutamento e seleção. Para isso, a empresa envia uma comunicação para o escolhido, perguntando se desejaria participar do processo seletivo da instituição.
Segundo a empresa, normalmente, a maioria dos contatados aceita o convite e, visto que já haviam passado por uma triagem rigorosa, a possibilidade de estarem aptos para serem contratados pela empresa é bem alta.
4. Dê valor às indicações
No passado, era muito comum que as companhias pedissem a seus colaboradores indicações de profissionais para o preenchimento de vagas em aberto. Agora, algumas empresas estão trazendo de volta essa boa prática que ficou um pouco esquecida. Por exemplo, a Tecnisa — empresa do mercado imobiliário — produziu um programa chamado “Criar”, que retribui em dinheiro boas indicações. Com esse sistema, a empresa já contratou muitos profissionais e teve excelentes resultados. Geralmente, o colaborador sugere alguém que é próximo a ele e de sua confiança, pois sabe que a sua reputação estará em jogo se o indicado não fizer um bom trabalho.
5. Tenha cuidados especiais na entrevista
A entrevista é o momento de colocar o currículo à prova e de conhecer efetivamente o candidato. Construa um roteiro de perguntas que mantenha o foco do diálogo, mas que também dê abertura para o profissional falar. Questione sobre metas, desempenhos e opinião sobre outros empregos. Cheque se o candidato conhece a empresa e entenda a razão de ele desejar a vaga. Tenha atenção também à postura, ao modo de falar e à expressão corporal.
6. Realize dinâmicas
Em uma entrevista à revista Forbes, Jenny Gottstein — diretora de games da empresa The Go Games (instituição voltada para o desenvolvimento de dinâmicas inovadoras) — falou sobre a importância de práticas voltadas para a geração Y, também conhecidas como Millennials.
Entre elas, está a team building — construção de equipe —, que é um recurso utilizado para testar o espírito de colaboração entre os candidatos por meio de tarefas que testem a sua capacidade de interagir com os colegas de trabalho para encontrar soluções para os desafios das demandas da empresa.
07. Tenha atenção às características pessoais
Maturidade, facilidade em trabalhar em equipe, capacidade de lidar com frustrações e adaptabilidade são importantes habilidades para serem procuradas em um colaborador. Muitas vezes, o candidato pode não ter o melhor currículo, mas tem características excelentes para a empresa. Lembra da frase : “CONTRATA-SE PELAS HABILIDADES, DEMITE-SE PELOS VALORES”
08. Utilize a tecnologia a seu favor
O mercado oferece excelentes ferramentas para auxiliar na triagem e escolha de profissionais, como os softwares de recrutamento e seleção. Essas soluções apresentam formas específicas de testar habilidades e separar candidatos com as características que a empresa demanda.
Além disso, oferecem feedbacks ao longo do processo. Por armazenarem informações em nuvem, proporcionam mais segurança, praticidade e agilidade.
09. Pesquise as redes sociais e antecedentes
Ver o perfil do colaborador em redes sociais é uma forma interessante de conhecê-lo. Consulte também os antecedentes do candidato, buscando referências dos antigos gestores e colegas de trabalho. Essa estratégia é importante para saber um pouco mais da postura, da índole e da respeitabilidade da pessoa.
O recrutamento e seleção de pessoas é um processo fundamental para escolher os melhores talentos para a empresa, de forma a construir uma equipe forte, adaptável e produtiva.
10. Forneça feedbacks
Dê feedbacks até mesmo para quem não foi aprovado. Um erro muito encontrado é a demora em gerar o feedback ou não o fazer, pois, depois de esperarem muito, os candidatos percebem que não passaram na entrevista e ficam desapontados. Uma boa opção para fazer esse retorno é via e-mail, informando ao candidato se foi aprovado. Na maioria dos casos, não é necessário entrar em detalhes.
A “BATCAVERNA” TAMBÉM É IMPORTANTE NA SELEÇÃO DE PESSOAS
Voltando para a nossa analogia com os personagens do filme do Batman, não podemos esquecer de um lugar muito importante, a “Batcaverna”. Estratégias, planos, consertos, tudo o Batman faz de casa. Nos tempos atuais, podemos dizer que às vezes ele também fica no home office. Na vida real trabalhar sem sair de casa é uma cultura que chegou de fato para ficar depois que a pandemia deixou muita gente trancada em seus lares. Além disso, com a aceleração digital as organizações precisaram se adaptar a novos processos e formatos de trabalho, facilitando o home office.
De acordo com um levantamento realizado pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e a Fundação Instituto de Administração (FIA), 73% das pessoas gostam de trabalhar em casa e 14% não querem ir ao escritório todos os dias da semana. Por este motivo, optar pelo modelo híbrido pode ser a opção mais viável para sua empresa. Além de garantir flexibilidade, autonomia e oferecer um equilíbrio para a vida profissional e pessoal aos colaboradores, também podem ser reduzidos custos como: material de escritório, energia, transporte, despesas internas e aluguel. Na hora divulgar uma vaga considere realmente o trabalho remoto.
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