Fintech é um termo que tem ganhado destaque no mundo financeiro e tecnológico entre as últimas décadas. Isso porque, ela mudou a forma de lidar com o dinheiro e transações financeiras. Leia o texto a seguir e saiba mais sobre sua origem e principais características.
O que é uma fintech?
A fintech (abreviação de “tecnologia financeira”) é uma empresa que usa a tecnologia para inovar e melhorar os serviços financeiros e bancários tradicionais. Elas surgiram, aliás, visando dar soluções mais eficientes, acessíveis e cabíveis nesta área.
Elas operam em vários segmentos, como, por exemplo:
- soluções de pagamentos, como carteiras digitais, sistema móvel e gateways;
- empréstimo pessoal e empresarial, crowdfunding e serviços de crédito opcional;
- investimento online, corretoras e robo-advisors;
- gestão de patrimônio;
- compra de seguros de nicho;
- tecnologia bancária (BankTech);
- controle de recursos pessoais.
Além disso, elas se destacam por serem ágeis e terem uma abordagem focada no cliente, ao mesmo tempo, em que fazem uso extensivo de tecnologias avançadas.
Elas visam facilitar o acesso aos serviços financeiros para clientes e empresas, ao passo que costuma desafiar o modelo tradicional das instituições financeiras.
Existem diferenças entre fintech e startup?
As diferenças entre fintech e startup estão ligadas à natureza dos seus objetivos, foco de atuação e modelo de negócios. Enquanto uma se dedica à inovação no setor financeiro, a outra tem uma abordagem mais ampla e opera em vários setores e áreas de atuação.
Confira a seguir 4 das principais diferenças entre esses dois formatos de empresas e como cada uma delas opera nos setores em que atuam.
Foco principal
As fintechs têm um foco de atuação mais especializado no setor financeiro, ou seja, elas se concentram em resolver problemas ligados a pagamentos, empréstimos, investimentos e seguros.
Isso permite, aliás, que ela se tornem especialistas nestes domínios e contem com soluções financeiras de primeira linha, que podem ser mais eficazes do que as ofertas comuns.
Startups, por outro lado, não têm um foco restrito, por isso, podem operar em uma ampla gama de setores. Elas são famosas por serem ágeis, bem como por conseguirem explorar as chances em várias áreas de negócios.
Modelos de negócios
Outro ponto é o modelo de negócio, visto que as empresas de tecnologia financeira atuam para atender a:
- bancos digitais;
- peer-to-peer lending;
- e-wallets;
- corretoras online.
Assim, elas visam otimizar a prestação de serviços monetários, o que pode envolver parcerias com bancos tradicionais, assim como a oferta direta de serviços ao cliente.
Já a startup é mais flexível no que diz respeito a testar várias formas de atuação, que pode incluir não apenas as assinaturas, como também publicidade, vendas de produtos ou serviços modernos em uma ampla gama de setores.
Inovação tecnológica
A inovação tecnológica é o cerne das fintechs, pois elas aplicam técnicas avançadas, como, por exemplo, blockchain, inteligência artificial e análise de dados, para melhorar a eficiência, a segurança e o acesso a serviços financeiros.
Embora muitas startups também façam uso desse método, não é o principal foco. Elas podem operar em vários setores e priorizar a inovação aberta em áreas como produtos, marketing, experiência do cliente ou processos de negócios.
Objetivos de mercado
As fintechs têm o objetivo de elevar a eficiência e o acesso aos serviços bancários, muitas vezes, até desafiam os padrões. Elas visam resolver os desafios do setor financeiro, bem como oferecer opções mais eficazes.
As startups podem buscar a criação de novos mercados, melhoria de processos atuais ou a inserção de inovações nas áreas. O nível de flexibilidade é uma das razões pelas quais elas podem atuar em vários setores.
Embora haja distinções claras, é crucial notar que as fronteiras podem ser difusas e as empresas podem caber em ambas as categorias, mas, conforme o modo como operam e em quais setores atuam.
Qual é o modelo de negócio típico de uma fintech?
A fintech pode adotar vários modelos de negócios, de acordo com a sua área de mercado e tática de atuação. Porém, há alguns mais comuns para este tipo de empresa. Confira:
- banco digital (contas-correntes, cartões de débito, taxas de serviço e de juros);
- e-Wallet (como PayPal e Apple Pay, por exemplo);
- P2P (mutuários, investidores e taxas de uso do crédito em conta);
- seguros (apólices, prêmios de seguro e taxas de serviços);
- gestão financeira (rastrear despesas, criar orçamentos e investir).
Quais tecnologias uma fintech costuma usar?
A fintech costuma usar uma ampla gama de tecnologias de alto nível para, assim, fazer com que vários processos internos ligados à gestão do dinheiro se tornem melhores. Sendo assim, veja a seguir algumas das principais e como elas atuam.
Blockchain
O blockchain é usado em criptomoedas e também em soluções de registro e quitação de ativos. Ele considera, então, a segurança dos seus dados, clareza e aptidão para eliminar os agentes em transações financeiras.
Inteligência artificial (IA)
A IA se aplica em análise de dados, bem como detecção de fraudes, tomada de decisões informadas, previsão de tendências de mercado e gestão de serviços financeiros.
Dessa forma, garante uma abordagem mais precisa e eficaz para atender às demandas dos clientes e ampliar os retornos. Ainda, ela tem um papel vital na mudança do cenário digital, pois as capacita a fornecerem soluções modernas.
Análise de Big Data
A análise de big data serve para avaliar grandes conjuntos de dados e, então, ver padrões, riscos e novas chances. Isso ajuda tanto na tomada de decisões com base em dados, quanto na gestão de serviços.
Open Banking e API’s
As fintechs muitas vezes fazem o uso de APIs para unir-se a sistemas bancários, ao passo que permite a troca de dados dos clientes e serviços entre os bancos.
Qual é a principal fintech do Brasil?
A principal fintech do Brasil é o Nubank, um dos bancos digitais mais populares do mundo, com mais de 80 milhões de clientes só aqui no país. Ela oferece uma conta digital sem custos e que rende pelo menos 100% no CDI.