O termo agtech é a fusão das palavras agrícola e tecnologia, portanto, é um modelo de negócio que aplica inovação para melhorar a eficiência na produção. Para isso, pode-se usar recursos como drones e softwares de gestão, por exemplo.
O que é uma agtech?
Uma agtech é um tipo de startup que atua no ramo agrícola e aplica a tecnologia para aumentar a produção, reduzir o impacto no meio ambiente ou diminuir os custos. Também pode servir para fomentar o comércio de produtos e na compra de insumos.
Apesar do uso do termo agro, esse tipo de negócio também pode ser aplicado a atividades de pecuária, como a criação de gado para corte ou produção de leite.
Quais são as formas de atuação de uma agtech?
Entre os modelos de agtech atuais, há aquelas que focam na gestão comercial, ao criar, por exemplo, plataformas para a venda da produção. Também podem conectar fornecedores, para conseguir preços melhores nos insumos, como sementes e defensivos.

Gestão de cultivo
Outro ramo que aplica a tecnologia na agricultura são os softwares que controlam toda a cadeira de cultivo. Dessa forma, os produtores podem ter acesso a melhor data para plantio, além de controlar os insumos em estoque e rastrear as safras.
Monitoramento
Algumas agtechs usam drones e sensores capazes de fazer uma análise do solo, clima e o estado da plantação. Assim, podem identificar pontos de atenção, o que pode render uma produção maior com mudanças simples, como repor nutrientes.
Em outros casos, também é possível fazer um uso mais eficiente de venenos com aplicação concentrada nas áreas mais críticas. Com isso, além de reduzir o custo com a compra do material, há menor risco de contaminar o solo e assim, ter uma produção mais sustentável.
Blockchain
O uso da tecnologia blockchain permite rastrear safras e assim, garantir a origem do produto com práticas sustentáveis. Em um mercado cada vez mais atento à questão ambiental, esse tipo de medida pode ser um grande diferencial.
Quais são os exemplos de agtech no Brasil?
Entre os exemplos de agtech no Brasil que merecem destaque estão empresas como a Strider, Agrosmart, Agrotools e BovControl. A seguir, veja um pouco mais sobre cada uma delas e como aplicam a inovação ao mundo agrícola.
Strider
A empresa oferece serviços de monitoramento de áreas de plantio, bem como, de máquinas e controle de pragas. Assim, com base na análise de dados, os produtores podem tomar decisões mais seguras sobre a melhor época para plantar e gerir os custos.
Além do Brasil, tem atuação em outros países como Estados Unidos e México e dado o sucesso da operação, foi adquirida pela Syngenta, uma empresa global de origem suíça.
Agrosmart
Essa é uma plataforma que monitora a plantação de forma digital e oferece também dados sobre o clima. Dessa forma, os agricultores recebem alerta sobre chuvas e estiagem, bem como, têm como gerir a irrigação da lavoura.
Agrotools
A empresa possui soluções completas, com base em inteligência artificial e análise de dados. Assim, os usuários podem monitorar o mercado em busca das melhores condições de preço para venda da produção ou a compra de insumos.
Ela também auxilia na gestão de riscos do negócio e a obtenção de certificação verde, além de obtenção de recursos por meio de análises seguras sobre a produtividade da área.
BovControl
Focada na pecuária, a startup auxilia os produtores na gestão e acompanha passos importantes no ciclo de vida do animal, como, por exemplo:
- vacinação;
- fase reprodutiva;
- perda ou ganho de peso.
O software integra todos os dados em tempo real e permite o acesso também por dispositivos móveis. Dessa forma, é ideal para quem possui várias unidades e precisa obter relatórios integrados para a tomada de decisões.

O que é preciso para iniciar uma agtech?
O ponto principal para o sucesso de uma agtech é entender quais são as demandas do produtor rural. Por isso, fazer um estudo de mercado para descobrir as lacunas é essencial antes de criar um negócio nessa área.
Outro ponto crucial antes de implantar uma tecnologia é validar por meio de testes e assim, corrigir eventuais erros. Portanto, firmar parcerias pode ser uma boa forma de viabilizar o projeto.
A Be You é uma aceleradora de startups que oferece o suporte nos passos iniciais do projeto, além de cursos para orientar empreendedores. Além disso, promove conexões e possui um fundo de investimentos para alavancar novos negócios.