A governança corporativa é um aspecto essencial para empresas de todos os ramos que querem crescer de forma ordenada. Com ela, é possível definir diretrizes que vão guiar os gestores nas escolhas e assim, refletir para as equipes.
O que é governança corporativa?
Governança corporativa é um conjunto de normas e costumes que ditam como os gestores devem agir, de acordo com os valores e objetivos da empresa. Com isso, todas as partes podem alinhar seus interesses, o que inclui:
- sócios;
- gestores;
- funcionários;
- parceiros de negócios.
Diferença entre governança e compliance
Compliance e governança corporativa são dois termos comuns no universo da gestão, mas tem suas diferenças. O primeiro se refere ao processo de adequar a empresa às normas legais que se aplicam ao seu setor, como, por exemplo:
- registros contábeis;
- pagamento de tributos;
- licenças e alvarás;
- LGPD, ou seja, a Lei Geral de Proteção de Dados.
Como se vê, o compliance está mais ligado a aspectos que estão fora da empresa e é essencial para gerar confiança no mercado. Por outro lado, a governança tem um viés mais interno e se relaciona ao modo como os sócios e gestores veem a empresa.
Quais são os pilares da governança corporativa?
Na governança corporativa, há quatro pilares básicos, a saber: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade social. A partir deles, a empresa consegue orientar suas decisões de forma ética e crescer de acordo com seus objetivos.
Transparência
Esse aspecto diz respeito à divulgação de informações sobre os resultados da empresa para as partes interessadas, sejam elas sócios, parceiros, empregados ou clientes. Isso inclui não só os dados que se deve divulgar por lei, mas também:
- relatórios financeiros;
- riscos e oportunidades;
- investimentos.
Equidade
O conceito se refere a manter um tratamento justo e equânime a todos os envolvidos. Mesmo que um sócio possa ter uma quota maior na empresa, por exemplo, todos têm os mesmos direitos de acesso à informação.
Esse cuidado ajuda a evitar conflitos de interesse e mantém o respeito a sócios minoritários e majoritários. Dessa forma, a empresa consegue evitar a saída de capital e engajar todos em prol dos objetivos.
Prestação de contas
Esse é um passo crucial para garantir a boa gestão dos ativos de uma companhia e gera uma cultura de responsabilidade. Além disso, é uma forma de evitar fraudes, pois mantém um controle maior sobre os gastos e investimentos.
Responsabilidade social
Esse conceito se refere à forma como o negócio se relaciona com a sociedade e os impactos que causa em vários setores, tais como:
- meio ambiente;
- impacto social;
- inclusão.
Isso vai além de questões legais, ou seja, são ações voluntárias da empresa que mostram que ela se preocupa em melhorar a sua comunidade.
Projetos que capacitam pessoas para entrar no mercado de trabalho ou incentiva adoção de práticas sustentáveis são exemplos disso.
Quando iniciar a governança corporativa em uma startup?
A governança corporativa pode estar presente em uma startup desde o seu início. Aliás, isso ajuda a criar uma cultura com base na ética e respeito mútuo desde cedo. Dessa forma, fica mais fácil manter as diretrizes e fazer a gestão de projetos.
Em alguns casos, a empresa pode optar por colocar esse plano em prática a partir do momento em que recebe um investimento externo. Afinal, nesse momento se torna mais evidente a necessidade de fazer uma gestão transparente.
Seja qual for o momento em que se opte por adotar esse conceito, é essencial organizar um código interno para orientar as ações, com base nos valores que se entendem como essenciais.
Também é importante manter o registro fiel de todos os dados nas áreas contábil e de finanças, a fim de atender à transparência com os parceiros.