Conheça métodos e dicas para ter sucesso nos negócios através do planejamento estratégico.
Onde você quer chegar ? Como quer chegar ? O que você quer ser ? Onde está seu maior potencial? O planejamento estratégico existe para acabar com esses pontos de interrogação que acompanham todo empreendedor. Ter dúvidas faz parte de quem se arrisca a criar o próprio negócio, assim como deveria ser um hábito do empreendedor trabalhar com planejamento estratégico para enfrentar todas dificuldades.
No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de cada 10 empresas abertas, 6 fecham as portas antes de completar cinco anos de existência. O grande vilão ? A falta de planejamento estratégico.
Top 5 dicas:
Vamos concordar, que não é fácil encarar o futuro. Ao planejar os próximos passos da empresa, podemos nos deparar com perspectivas desafiadoras, que vão nos cobrar medidas mais duras. Mas quanto antes agirmos, mais cedo a empresa tende a trilhar o caminho do sucesso. Por isso, é fundamental em qualquer negócio prever o que vem pela frente. Cynthia Serva, coordenadora e professora do Centro de Empreendedorismo do INSPER, uma instituição que investe em pesquisa de mercado, constatou junto aos empreendedores cinco passos fundamentais:
1. Defina o seu objetivo.
O ponto de partida será definir a missão, visão e valores da empresa. Defina qual o propósito e onde pretende que sua empresa chegue.
2. Faça um diagnóstico do mercado.
O próximo passo será identificar como sua empresa poderá ser impactada pelas ameaças e oportunidades do ambiente externo, não apenas no presente, mas também no futuro. Ou seja, realize um diagnóstico externo!
3. Descubra seus pontos fortes e fracos.
Identifique quais são os fatores críticos de sucesso de seus concorrentes para que seja possível fazer uma análise comparativa de seus pontos fortes e fracos em relação a essa concorrência. Dessa forma, você terá realizado o diagnóstico interno de sua empresa!
4. Construa um plano de ação
Após ter identificado as oportunidades e ameaças do ambiente em que sua empresa está inserida, será possível definir os objetivos estratégicos. Além disso, é preciso definir um plano de ação para implementá-los.
5. Monitore cada passo
Não se esqueça de acompanhar a implementação para avaliar se é necessário rever a estratégia. Avalie a eficácia por meio de métricas e indicadores que deverão ter sido definidos previamente.
Seja F.O.F.A com suas estratégias.
O SEBRAE tem desenvolvido esse conceito nos últimos anos com seus parceiros. A instituição presente em todo Brasil tem constatado nos empreendedores brasileiros a importância de uma metodologia super aplicada nos Estados Unidos que precisa ser mais desenvolvida no nosso país para aprimorar o planejamento estratégico. Ela é bastante recomendada para empresas que precisam passar por transformações de comportamento social e reposicionamento no mercado. É um excelente “atalho” para começar uma revisão nas organizações. O que o SEBRAE tem constatado:
“Nesse momento, há a oportunidade de se debater quais são as forças e fraquezas do ambiente interno da organização e as oportunidades e ameaças que o mercado apresenta e/ou oferece. Esta metodologia, inclusive, é conhecida como análise SWOT. É uma sigla em inglês que significa Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats, ou em bom português: Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. Por isso, em português seu nome vira F.O.F.A. Nessa fase serão necessárias não apenas reuniões com os funcionários, mas também com os fornecedores. Também obter pesquisas que tenham sido realizadas com clientes e a obtenção de dados do mercado em que a empresa atua, para que haja uma base de informações bem sólida que se transformará em um dos alicerces do planejamento estratégico”.
Força são as vantagens competitivas.
Oportunidades são fatores que impactam positivamente o negócio.
Fraquezas são falhas que podem impactar negativamente
Ameaças são ações que vem da concorrência.
ARTE DA GUERRA
Você já deve ter ouvido falar no neste livro “A Arte da Guerra”. É uma obra de um pensador chinês denominado Sun Tzu que foi escrita aproximadamente no ano de 500 a.C. O seu principal intuito é funcionar como uma espécie de manual de planejamento de estratégias para conflitos. O livro é recomendado em instituições de renome, como o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, a Universidade de Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), dentre outras.
Vários ensinamentos de Sun Tzu podem ser aplicados ao ambiente corporativo. Algumas das mais famosas:
“Se conhecemos o inimigo e a nós mesmos, não precisamos temer o resultado de uma centena de combates;
A frase resume bem a ideia de ficar atento em relação ao poder do concorrente e a força que sua empresa tem. Ao estar convicto das competências de cada um, não será preciso temer os embates impostos pelo mercado. Será mais fácil medir a coragem de enfrentar um adversário possível de superar e até mesmo avaliar um concorrente muito superior que não vale a pena disputar o mesmo espaço.
“… o oficial inteligente procura o efeito da energia combinada não necessitando exigir muito de seus guerreiros. Leva em conta o talento de cada um e utiliza cada homem de acordo com sua capacidade, não exigindo perfeição dos sem-talento”
Esse trecho trás uma dica valiosa sobre planejamento da execução das tarefas entre os funcionários. É preciso focar nos melhores “soldados” para obter os melhores resultados na empresa, e aqueles não tão bons, é necessário encontrar a melhor posição para que possa se desenvolver e aprimorar suas capacidades.
Lista das grandes empresas que enfrentaram dificuldade pela falta de planejamento estratégico.
● Souza Cruz: o aumento dos impostos, as políticas de combate ao cigarro e a pirataria fez com que a empresa encerrasse a produção no Rio Grande do Sul.
● Camisaria Colombo: com dívidas de R$ 1,89 bi, Camisaria Colombo pede recuperação judicial em 2020 após acumular cinco anos de faturamento em queda
● Cica: depois de problemas com societários e anos passando de mão em mão, foi comprada pela Cargill em 2005, que abandonou a marca na embalagem de molho de tomate que leva o simpático elefante verde Jotalhão, substituindo pelo logotipo da Knorr.
● Hertz: a pandemia fez que a locadora de veículos entrasse em recuperação judicial nos EUA e é um alerta para as brasileiras Movida, Localiza e Unidas
● Saraiva: a gigante do setor livreiro encerrou lojas físicas em diversas cidades do Brasil e não conseguiu cumprir suas obrigações no processo de recuperação judicial. A Livraria Cultura também fechou lojas em diversos shoppings do Brasil
● Fogo de Chão: assim como outros restaurantes, devido ao alto custo de ocupação e folha de pagamento, não sobreviveram a pandemia. Também fecharam as portas Galeto ́s, Raskal e outros restaurantes famosos do eixo Rio – São Paulo.
● Motorola: com aparelhos de qualidade inferior comparados à concorrência, foi dividida em duas em 2011. Uma parte foi vendida para a Lenovo e outra para o Google, que entregou a sua parte por 1/4 do valor que comprou para Lenovo (dizem que foi uma estratégia ousada para manter as patentes da marca).
Planejamento estratégico muda PepsiCo
Empresas consolidadas no mercado precisam ter um planejamento estratégico atuante. O mundo pede transformações rápidas e transparentes em todas as etapas de fabricação de um produto ou aplicação de um serviço. Cada vez mais, com apoio da internet, o consumidor fica por dentro de tudo que acontece. Pensando nisso a PepsiCo ( que tem no portfólio marcas como Pepsi, Gatorade, Quaker, Lay’s) elaborou a estratégia “pep+” (PepsiCo Positive) com objetivo de transformar as suas operações.
“A pep + é o futuro da nossa empresa – uma transformação fundamental do que fazemos e como o fazemos para criar crescimento e valor partilhado com sustentabilidade e capital humano como fatores centrais. Isso reflete uma nova realidade de negócios, onde os consumidores estão a tornar-se mais interessados no futuro do planeta e da sociedade”, disse Ramon Laguarta, presidente e CEO da PepsiCo, citado em comunicado de imprensa.
O novo plano estratégico “mudará as nossas marcas e a forma como elas ganham no mercado. Por exemplo, imaginemos que Lay’s começa com uma batata cultivada de forma sustentável num campo regenerativo e, em seguida, é cozida e distribuída a partir de uma cadeia de abastecimento emissões zero e zero consumo de água, vendida num saco biocompostável, com os níveis mais baixos de sódio no mercado, na sua composição. Esta é uma escolha positiva. Agora, imaginemos a escala e o impacto quando aplicado às nossas 23 marcas de bilhões de dólares”, exemplifica.
O pep + assenta três pilares principais: Agricultura Positiva (práticas regenerativas para restaurar a terra em toda a área agrícola da empresa); Positive Value Chain (cadeia de valor circular e inclusiva) e Escolhas Positivas (receitas mais saudáveis).
No portal do empreendedor da Be You Education temos inúmeros cursos com diversas ferramentas que direcionam o empresário, empreendedor ou líder a trabalhar melhor com a equipe, inclusive a implementar o planejamento estratégico em sua empresa.
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